quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O homem, o cachorro, o jegue e a gravata

Saio no meu quintal, minha pequena varanda da qual vejo a lua e o mundo, e, pra variar, vejo um ser humano puxando um cachorro, como o homem que puxava o jegue no sertão de outrora, com a diferença "sutil" que no pescoço dele estava amarrada uma corda, quer dizer, uma gravata.

Inquieta, sigo-o ate vê-lo sumir lá na esquina da farmácia e o dito continuava com a corda no pescoço e fico a me indagar: o que faz um homem, num calor que lembra Palmas e Cuiabá, andar de gravata amarrada no pescoço, ainda que num mero passeio noturno com seu cachorro faceiro?

Só pode ser doido, pensei. Só pode ser doido, pensei de novo.

Sem resposta, precisei pensar de novo: talvez o doido não tivesse tido tempo pra tirar a gravata ou se esqueceu ou talvez fosse friorento e, nesse frio de 38 graus acima de zero, ele tivesse sentindo calor ou talvez ele não quisesse se passar por um mero carregador de jegues e se ornamentou pra parecer que levava um cachorro.

Maybe! E eu com isso? O cachorro tava feliz, o homem aparentava felicidade, todo elegante sendo puxado por uma gravata... e eu? Ah!!!!!!! Eu que estava precisando de um nó nos meus neurônios para (des)compreender o homem, o cachorro, o jegue e ela, a gravata.

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